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(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

Alcunhas

03.10.17

Muitas das vezes as alcunhas das pessoas vêm de características, alguma coisa na personalidade, características físicas ou nacionalidade que se destaca. Como o tagarela, o ruivo ou a chinesa. Quando se é uma criança com uma deficiência também se tem alcunhas, a que mais me marcou, ainda hoje há pessoas que me chamam, é a coxa. Pois bem, eu fui a coxa, tartaruga ou lenta durante muitos anos, mas na minha altura não havia bullying e então o que é que agente faz? Simples aprende a defender-se, fiquei conhecida depois pela rapariga que andava sempre metida em lutas na escola, não é que fosse a procura delas, elas simplesmente vinham ter comigo. E porque é que estou a falar deste assunto. A algum tempo estive internada num centro de reabilitação e passei a ser a rapariga de cabelo comprido, a rapariga de cabelo comprido, engraçado não é? Lá já não poderia ser a coxa porque havia mais e praticamente todos tinham problemas. Às vezes deixamos que as alcunhas nos definam porque simplesmente somos diferentes, o ser diferente não quer dizer que sejamos menos e que de alguma maneira seja permitido alcunhas que nos façam sentir mal. Somos diferentes e temos de deixar de achar que ser diferente é algo mau. Porque cabe a nós primeiro saber ver-nos de outra maneira, mostrar a sociedade que na verdade o ser diferente é simplesmente, ser diferente. Ser diferente fez de mim o que sou hoje e é isso que importa, seja a coxa ou a rapariga de cabelo comprido, sou eu e é isso que importa.

 

 

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