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(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

Qual a profissão?

19.02.18

Pois é quantas vezes nos fazem esta pergunta na vida? Muitas na verdade, mas nunca me incomodou tanto como agora. Antes de me reformar fazia parte de conversas, preenchimento de papelada mas sinceramente nunca me incomodou. Desde que me reformei, as coisas mudaram e ser puder fugir dessa questão eu viro o speedy gonzales. 

 

Já me aconteceu de tudo. Estar em jantares em conversas de circunstancia, quando essa questão surge acaba-se a conversa, porque as pessoas depois de saberem que estou reformada deixam de ter vontade de continuar a conversa. Ou pior pessoas que perguntam e então quando explico que tenho uma doença degenerativa, vê-se aquele olhar de pena nos olhos e parece que acabei de dizer que vou morrer amanhã. Não há maneira de fugir, então quando encontro colegas que andaram comigo no superior pior, andam sempre a perguntar o que é que estamos a fazer agora, nada.

 

A última vez foi no centro de saúde, estava a responder a um questionário para a enfermagem quando o enfermeiro me pergunta, qual a profissão, quando respondi que era reformada o Sr simplesmente começa a rir, pensou provavelmente que eu estava a brincar. Pois preferia estar a brincar mas não estou.

 

As pessoas não têm a culpa, eu sei. Ninguém está preparado para estar reformado aos 30 anos e sei que não é comum. Mas as pessoas são mais compreensivas quando agente diz que estamos desempregadas, assim culpam a economia e pronto. Agora estar reformada é que não dá para culpar ninguém.

 

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