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(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

Em dia de feriado, faz-se gelado ;) ...

31.05.18

Eu infelizmente não posso comer gelados de compra porque sou alérgica a alguns ingredientes e então a minha mãe lembrou-se que poderia fazer gelado assim. E pronto uma receita simples e fácil de fazer.

 

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Gelado de frutos vermelhos

 

Ingredientes:

300gr de frutos vermelhos (ou fruta a escolha)

1 Chávena de chá de leite ( a escolha)

mel qb

 

Mais simples não há, misturar os ingredientes todos com a varinha mágica ou numa liquidificadora, colocar em tupperwares próprios para gelados (eu já encomendei, mas ainda não chegaram  ) ou em um qualquer. Vai ao congelador e já está. Pronto para quando apetece um geladinho.

 

Eutanásia ou morte assistida

30.05.18

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 Imagem deste site

 

Assusto que está agora em discussão. Será que devemos permitir que as pessoas tenham o direito a uma morte assistida? As opiniões divergem e entendo que seja um assunto que tenha várias opiniões, assim vou dar a minha.

 

Sendo portadora de uma doença degenerativa eu sei o que me pode acontecer no futuro, o futuro para mim pode ter várias repercussões na minha saúde. Não nos vamos iludir, toda a gente tem a opção de acabar com a vida. Pode sempre fazer um suicídio, a vida é de cada um e cada um tem essa opção. Mas no caso de pessoas com doenças terminais ou pessoas que o estado de saúde se tenha degradado tanto que não sejam capazes de o fazer elas próprias, poder ter a opção de ter uma morte que seja promovida por médicos para mim, gostaria de poder ter essa opção, se me deparar com esse cenário. Claro que temos os tão falados cuidados continuados, e concordo que essa opção esteja disponível e imediata para quem optar por ela.  E para quem essa não é uma opção satisfatória?

 

 

 Vejam este texto:

"Tenho uma relação algo próxima com a morte. Isso não significa que esteja à vontade com ela, não estou e ainda me continua a assustar porque já me obrigou a dizer "adeus" muitas vezes. E eu odeio despedidas. Mas estou próxima da morte porque já lhe escapei, porque já a presenciei, porque já a tive tão perto do meu respirar. Não temos todos?

Via-a muitas vezes, sentia-a muitas vezes, adormeci a pensar nela, muitas vezes. Via-a nos outros e não entendi porque me deixava, por um tempo, sei lá quanto tempo, para trás. Mas via-a em muitos quartos, na minha vida, nos meus sonhos, no meu próprio quarto, e fui olhando desconfiada, encolhida, magoada, mas também grata por me deixar aprender a viver. Fui espreitando pela fechadura e vendo a morte a agir e eu a crescer com ela. A ser mais grata. E nesta relação que fui, de alguma forma, construindo com a morte, sobretudo sempre que percebi que ela estaria na iminência de levar os meus, entendi que a morte não é sempre o pior. A morte não é sempre a "mais difícil de lidar do grupo", a morte, por mais que se choquem os meninos e as meninas que nunca a cheiraram, às vezes é alívio. A morte, às vezes, é a única altura em que pensamos como a vida finalmente foi bondosa em libertar o nosso inocente pássaro daquela amarra.

Nunca quis morrer. Nunca me pegaram na mão para que morresse em paz, com os meus meus do meu lado, mas se isso acontecesse, se essa vontade me surgisse, queria que me tivessem deixado tocar-lhes nos rostos e dizer-lhes as minhas últimas palavras. Porque já me despedi. Já disse adeus, mais do que uma vez e deixei de odiar a morte nessas alturas porque a entendi como outra fase que aí vinha. Que merecia tanto amor, tanto carinho, como o próprio nascimento. Porque a respeitei. Porque aceitei, finalmente, a morte como parte da vida.

Se eles soubessem que o amor é desapego, que o maior grito de amor é saber deixar ir, é respeitar quando se quer ir, quando se quer sossego, quando se quer um pouco mais de alma e muito menos de dor; se eles soubessem que o amor é estar nos risos mas aceitar as lágrimas; é desenhar o caminho do outro, com as palmas das mãos em sangue, mesmo que esse caminho não nos inclua; se eles soubessem que o amor é fazer a mala, dar um beijo na testa e desejar "boa sorte", mesmo que isso nos desfaça; se eles soubessem que o amor é abraçar na morte, porque a morte é de cada um e o amor não agarra, não pega, não força. O amor liberta.

Se eles soubessem ... não teriam tido tanto medo de deixar que escolhêssemos. Não teriam chumbado a eutanásia no Parlamento. Mas eles não sabem, não respeitam e não deixam. E por mais que não tenha o direito de julgar nem de tirar conclusões sobre a opiniões dos outros, não posso deixar de me perguntar:

Saberão eles o que é o amor?

Marine Antunes - escritora"

 

Gosto de viver a vida, fazer o que gosto no verdadeiro sentido de viver. Mas a partir do momento que a nossa qualidade de vida nos é privada, que a vida passa a não ser vida mas um suplicio diário e insuportável, quando a vida não passa de uma leve sombra daquilo que fomos e nos tornamos um peso para famíliares. Qual a melhor opção?

Dica de beleza

28.05.18

Não tenho grande experiência nestas andanças e nem quero transformar este blogue num blogue de beleza, mas há um produto que adoro e queria partilhar com vocês.

 

Quero dizer que ninguém me pagou para fazer publicidade, ainda bem se não acho que não recebia nada ;). Então é assim a um tempo perdi algum peso e comecei a notar que a minha pele da cara estava um bocadinho flácida. Andei a procurar algo para usar e para minha surpresa li que podia colocar na cara o mesmo produto que já usava a muito tempo para o cabelo..

 

Ah pois é, esse produto chama-se óleo de Aragão, compro no lidl e é fantástico, pode-se usar de várias maneiras.

 

No cabelo: colocar nas pontas a noite e lavar o cabelo de manhã, para quem tem pontas espigadas.

Na pele: misturei duas gotas no meu creme normal de noite e voilá. Coloco todas as noites com o creme.

 

Poço dizer por experiência que resulta, já tinha experimentado outros produtos mas mais uma prova que o mais natural resulta. Já alguma vez experimentaram ?

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imagem deste site

 

 

Terapia

25.05.18

 

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O meu último quadro que pintei.Para mim a pintura traduziu-se ao longo dos anos na minha terapia, pintar e ler são dos meus passatempos preferidos. Quando pinto o meu cérebro fica parado na pintura e não penso em mais nada, o tempo passa sem eu dar por ele. Espero que tenham gostado.

 

 

Ir buscar o jantar

23.05.18

 

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Imagem deste site

 

 

Ás vezes simplesmente já estou farta de cozinhar. Todos os dias na cozinha e nem aos fins-de-semana me safo, são sempre duas refeições por dia, 14 refeições por semana.. Simplesmente ás vezes é bom não cozinhar. E então decidi que não ia cozinhar ao jantar. Não sou adepta de McDonalds nem nada de FastFood e então fui ao supermercado ver o que havia de refeições. Lá fui eu ao Take Away ver o que haveria para o meu jantar. Havia arroz de pato, arroz com vegetais e fiambre e batata assada com lombo de porco.

 

Para quem não sabe sou alérgica a derivados da vaca e então o simples facto de ir buscar comer fora é uma problemática. Tive de apelar a boa vontade da funcionária para ler os ingredientes, para ver o que posso comer. O arroz de pato para minha surpresa tinha manteiga, ficava assim excluído. Perguntei pelo arroz, porque supostamente era o mais simples, mas tinha como um dos ingredientes soro de leite de vaca, " A sério???" um simples arroz, em minha casa é feito com água. E a única coisa que se safou foi as batatas assadas com o lombo de porco.

 

Mesmo assim nunca posso ter a certeza que seja limpa, porque muitas das vezes não tem o ingrediente alérgico mas pode ter estado em contacto com alguma coisa que tenha. A única hipótese é cozinhar em casa mesmo. Gostava de ter uma máquina que cozinha-se por mim . Fogo isto das alergias não é fácil. Felizmente a senhora foi super simpática e compreensiva (nem sempre acontece) porque esteve sem exagero 15 minutos a olhar para rótulos de ingredientes.

Famosos com deficiência

21.05.18

 

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Halle Berry  atriz nascida em 14 de Agosto de 1966, tornou-se em 2001 a primeira atriz negra que ganhou um Oscar de Melhor Atriz. Formada em jornalismo, profissão que nunca exerceu. Berry foi diagnosticada com diabetes tipo 1 em 1989. Esta contou em entrevista que perdeu 80% da audição do ouvido esquerdo, devido a violência doméstica pelo ex-marido.

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Jodie Foster nascida em 19 de Novembro de 1962, ganhou o primeiro Óscar em 1988 e o seu segundo Óscar veio em  1991. Jodie usa aparelhos auditivos e não os esconde, como mostra a foto em cima.

 

jack-osbourne_768x1024.png Imagem deste site

Jack Osbourne nascido a 8 de Novembro de 1985, filho de Ozzy Osbourne participou na série televisiva sobre a família que ganhou um Emmy em 2002. Este em 2012 tornou público o seu diagnóstico de Esclerose Múltipla. Relatando vários sintomas como a cegueira de um olho, dormências nas pernas, problemas de bexiga, intestino e estômago. Desde o diagnóstico fez mudanças no seu estilo de vida, reduzindo aparições públicas, tentando reduzir o stress e alterou a sua dieta alimentar.

 

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Michael J. Fox nasceu em 9 de Junho de 1961, ator conhecido pelo seu papel no filme "De Volta Para o Futuro", filme que foi vencedor de vários prémios. Michael torna público em 1998 que sofre da Doença de Parkingson, escrevendo o seu progresso numa autobiografia. Desde o seu diagnóstico que tem sido defensor e angariador de fundos para a pesquisa desta doença e outras.

 

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Kristen Chenoweth, nascida em 28 de Julho de 1968. A atriz estudou teatro musical e fez o seu mestrado em ópera, fazendo diversas apresentações. Ganhou o Prémio de Melhor Atriz e um Emmy em 2009. Tem Doença de Ménière hereditária, visto haver familiares que sofrem da mesma doença.

 

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Aimee Mullins nasceu em 20 de Julho de 1975 e é uma mulher de vários ofícios, é atleta, atriz e modelo. Nasceu com hemimelia fibular ou deficiência fibular longitudinal, que resultou na amputação de ambas as pernas abaixo do joelho, quando tinha apenas 1 ano. Foi a primeira amputada na história a competir atletismo, com pernas de corrida de fibra de carbono. Competiu nos Jogos Paralímpicos no ano de 1996 e retirou-se em 1998. Lançou a carreira de modelo em 1999 e estreou o seu primeiro filme em 2002. Tudo isto com duas pernas amputadas .

 

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Christopher Reeve nasceu a 25 de Setembro de 1952. Ator e diretor realizador, fez um dos papeis mais cobiçados o de Super Homem, com o qual ganhou um British Academy Award. Teve um acidente de cavalo em 1995 que o deixou tetraplégico. Foi presidente da American Paralysis Association e vice-presidente da National Organization on Disability, fundando em 1996 a Fundação Christopher Reeve que angariava dinheiro para pesquisa e condições melhores para pessoas com deficiência. Morreu em 10 de Outubro de 2004.

 

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Stephen Hawking nasceu 8 de Janeiro de 1942 tornou-se um físico teórico e um cosmólogo brilhante da nossa atualidade. Era portador de Esclerose Lateral Amiotrofica, doença detetada quando tinha apenas 21 anos. Aos 35 anos foi nomeado professor de física gravitacional de Cambridge. Morreu a 14 de Março de 2018 com 78 anos.

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Frida Kahlo nasceu em 6 de Julho de 1907, aos 6 anos foi diagnosticada com uma poliomialite  que deixou uma lesão permanente no pé direito. Aos 18 anos sofreu um acidente em que ficou vários meses entre a vida e a morte no hospital, tendo de se sujeitar a várias cirurgias no corpo. Durante este tempo no hospital ela dedica-se a pintura, passou grande parte da vida na cama devido a dores fortes, e mesmo assim tornou-se uma das pintoras mais famosas de sempre. Ainda hoje reconhecida pelo seu trabalho. Morre em  13 de Julho de 1954.

 

 Como podem ver uma deficiência ou uma doença não pode tornar-se impeditivo de nada. Claro que não é necessário serem famosos mas sejam verdadeiros com a sua essência. Façam o que lhes tragam felicidade, seja isso aquilo que for.

 

Apps para a acessíbilidade

18.05.18

Confesso que não conhecia nenhuma das aplicações para pessoas com deficiência. Fiquei contente em saber que há aplicações que me informam dos locais acessíveis. Não sei se resultam em Portugal, mas é bom ter informação por isso como sou a favor da partilha de informação aqui fica o link do site:  https://turismoadaptado.com.br/10-aplicativos-para-acessibilidade/

 Aqui conhecem as aplicações para vários tipo de deficiência. Espero que seja útil.

Dores Neuropáticas

16.05.18

Significado de dores neuropáticas segundo estes site

"A dor neuropática se manifesta de várias formas, como sensação de queimação, peso, agulhadas, ferroadas, choques. Pode ser acompanhada ou não de “formigamento” ou “adormecimento” (sensações chamadas de parestesias) de uma determinada parte do corpo.

Como no sistema nervoso existem fibras “finas” e fibras “grossas”, as características das dores podem identificar qual o tipo de fibra que está acometida. Nas lesões de fibras finas geralmente predominam as dores em queimação, aperto e peso. Nas lesões de fibras grossas são mais comuns as dores em pontadas, agulhadas e choques. Existe, ainda, situações em que existem ambos os tipos de dores, isto é, dores de fibras finas e grossas ao mesmo tempo, sendo chamadas de dores mistas.(...)

Quando vários nervos estão alterados ou danificados, ou seja, nas polineuropatias, a dor aparece de forma difusa, generalizada, podendo provocar dor no tronco, nos braços e pernas ao mesmo tempo.

A dor pode ser contínua (estar presente durante todo o tempo) ou intermitente (em crises, surgindo em horários intercalados). A intensidade da dor varia de fraca a intolerável, dependendo do estágio da doença e do grau de comprometimento dos nervos."

 

O meu significado, dores insuportáveis que me chegam a dar em doida. Dores normalmente nas pernas que têm origem no cérebro e que nada resolve, não adianta pressionar, não adianta relaxamento dos músculos, nada resolve a não ser medicação e dura vários dias. Fonix não bastam as outras dores todas, ainda tenho de lidar com estas dores horríveis. Poderia quase fazer uma lista do tipo de dores que tenho, já as vou conhecendo todas. Acho que necessitava de um cérebro novo, um cérebro de preferência que sem défice e se poder ser mais inteligente também não era mau.

 

 

 

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Imagem da internet

 

Saúde Mental

14.05.18

A saúde mental em Portugal continua sendo um assunto pouco falado. E foi com surpresa que vi este artigo no jornal Público: https://www.publico.pt/2018/05/02/sociedade/entrevista/ha-muitas-pessoas-com-doencas-mentais-que-nao-se-tratam-porque-tem-vergonha-1815943.

Finalmente alguém teve coragem de falar de algo que na minha opinião está a ser tratado de maneira errada. 

 

Imaginem uma pessoa que está a ter sinais de ansiedade extrema, vai parar ao hospital, ao sair fica medicada e com uma consulta marcada para o psiquiatra. Na consulta psiquiatra, falam um bocado e lá está outra lista de medicamentos. Pois, na minha opinião, que não sou médica mas tenho dois olhos, a ansiedade tem um motivo, a pessoa tem de ter algo interior, que não está a conseguir lidar. Essa é explicação também para a depressão, não adianta medicar as pessoas e deixá-las completamente dopadas se depois não há acompanhamento psicológico para chegar ao fundo da questão.

 

Para mim as consultas psicológicas são importantes, toda a gente devia pelo menos uma vez na vida ir ao psicólogo. Já andei no psicólogo durante um ano, e não tenho vergonha, as coisas estavam muito difíceis para eu suportar e a psicóloga disse que estava a ponto de uma depressão. Felizmente eu fui pedir ajuda, porque não foi nenhum médico que a sugeriu. Eu achei que não estava bem, e reconheço que ajudou bastante. Não me resolveu o problema é certo, mas ajudou na maneira que eu encarava o problema na minha cabeça.

 

É necessário haver mais artigos destes, pode ser que um dia haja uma mudança na mentalidade, não só da parte médica mas da própria sociedade. Não há que ter vergonha de consultar um psicólogo ou psiquiatra, não há que ter vergonha de ter um familiar com uma doença mental. Há que ter direito a um tratamento adequado o quanto antes, logo nos primeiros sintomas, se possível.

 

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 Imagem da internet

 

 

Ser diferente

13.05.18

Ser diferente é sempre algo bom. Quer sejam diferentes na maneira de pensar, na maneira de falar, na maneira de vestir, andar de maneira estranha ou ter uma cadeira de rodas. Qualquer forma de ser verdadeiro consigo e com a sua essência é de valorar. Abracem as suas individualidades e sejam orgulhosos  quem são.

 

 

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