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(d)Eficiente Dona de Casa

Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

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Quando se tem uma doença degenerativa não é o fim do mundo. Aprendemos a adaptar o nosso mundo para funcionarmos. Venho dar dicas úteis para quem tem as mesmas dificuldades. Esta sou eu e o meu dia-a-dia.

"Está tudo bem?"

06.02.20

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Cada vez mais vivemos num mundo do faz de conta. Toda a gente pergunta diariamente a alguém "Está tudo bem?" e automaticamente a outra pessoa responde, "Tudo e contigo?" e muitas das vezes é uma resposta puramente automática. Mas será que estão mesmo bem?

 

Eu não sou mentirosa e então quando me perguntam como estou, digo um "Vou andando". Não é que seja muito melhor ou que o resultado seja diferente, até porque sinceramente acho que maior parte das pessoas perguntam só por perguntar, não estão mesmo interessadas a saber como eu estou. Não se interessam pelos dias que mal consigo suportar as dores, pelas noites que mal consigo dormir, pelos dias em que mal me levanto da cadeira de rodas, pelos dias que mal me consigo despir, pelos dias que não me levanto da cama, pelos dias que me sinto presa dentro de quatro paredes... 

 

E as que fazem algum esforço normalmente perguntam "Então e tens tido muitas dores?" ou "E a doença como está?". A doença está boa , vai evoluindo conforme o esperado.. Mas poucas pessoas se interessam para chegar a este ponto, sinceramente queixar-me só no médico e mesmo assim só quando tem mesmo de ser.. Não é que queira que me perguntem para de alguma maneira me poder queixar, gostava de sentir que realmente se importam, que não fazem a pergunta só porque sim.

 

Por isso, quando eu quero saber como uma pessoa está pergunto várias vezes, a primeira em que tenho uma resposta automática e uma segunda para saber realmente como a pessoa está. Porque me importo com as pessoas, não todas mas das que me são próximas, quero realmente saber o que se passa com elas e como se sentem.

 

Este pequeno exemplo espelha uma sociedade que está pouco preocupada com o outro. Ou com o bem estar dos outros. Porque é que haveria de estar? Afinal não é nada connosco, certo? E vocês estão mesmo bem?? 

 

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