Tecnologia a nosso favor
Ás vezes penso ando a empurrar uma parede com a cabeça, que as coisas são difíceis, mal adaptadas, somos marginalizados, tudo é mais complicado e difícil quando se é deficiente. E é verdade e ainda temos um grande caminho a percorrer, mas depois penso que se tivesse nascido uns anos antes seria bem pior. Antigamente os deficientes eram marginalizados, as famílias deparadas com um filho deficiente mantinham-nos fechados em casa, muitas das vezes alguns familiares nem conheciam a sua existência. Não tinham acesso a médicos, produtos de apoio e a palavra integração era simplesmente impensável.
Hoje em dia, tenho tecnologia que me permite ter uma vida mais simples, como o computador que me permite escrever, o telemóvel que graças a tecnologia do ecrã táctil me permite um uso sem restrições. Poço falar nas cadeiras de rodas, das caixas automáticas para os carros, é graças a elas que ainda conduzo. Compras online e serviços como o banco online que permite com que eu trate de assuntos a partir de casa.
Fico contente quando vejo elevadores com botões com números em braille, vejo museus em que estimulam os sentidos para pessoas cegas e na televisão vejo legendas e linguagem gestual para pessoas que não ouvem. Simples assim, muitas vezes dou graça por estar nesta geração e espero que com o tempo cada vez mais haja facilidades para as pessoas com deficiência.
Provavelmente já não será durante a minha existência mas gostaria que um dia que tivéssemos um mundo em que as pessoas com deficiência tivesse as mesmas oportunidades, as mesmas condições, o mesmo respeito e os mesmos direitos que as outras pessoas.